Carioca acidental by revista Contigo

Paulista de coração, o ator hoje vive no Rio por causa das gravações de Luz do Sol, novela da Record. Mas, mesmo à beira-mar, não abre mão do jeitinho mineiro herdado de Varginha, cidade onde nasceu.

Ele mora a alguns passos da praia. Depois de mais de uma década em São Paulo, o ator Petrônio Gontijo, 39 anos, se viu obrigado a carregar suas coisas para um hotel no Rio de Janeiro por causa das gravações da novela Luz do Sol, da Record. "Estou apaixonado pela Marambaia e pelo Pontal (praias da zona oeste do Rio, no Recreio dos Bandeirantes, onde o ator mora)", diz Gontijo, que adora a cidade, mas não aderiu ao estilo de vida carioca.

"Sou um caipira no Rio. Está sendo genial, porque estou levando uma vida muito parecida com a que eu tinha na época da faculdade, quando estudava artes cênicas na Unicamp (em Campinas, interior de São Paulo). Ando de short o dia inteiro, é tudo muito tranqüilo e pacato, e em dez minutos chego ao trabalho."

O jeitão "caipira", como ele mesmo define, vem da cidade onde nasceu, Varginha, no sul de Minas Gerais. Mas ficou ainda mais forte depois que ele comprou uma casa de campo na Serra da Mantiqueira, na divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo. "Estou voltando cada vez mais para o mato, resgatando a minha origem. É ali onde mais relaxo", conta Gontijo. Para disfarçar a mineirice e dar um ar mais carioca a Tom, seu personagem na novela da Record, o ator segue pelo menos um hábito de quem mora praticamente na praia: tomar sol. "Não queria ficar com cara de paulista que está querendo parecer carioca, seria terrível", explica o ator, que já havia morado no Rio de Janeiro entre 1991 e 1995, período em que gravou quatro novelas na Globo, emissora onde estreou.

Solteiro no Rio de Janeiro

Gontijo está em turnê pelo país com a peça Pequenos Crimes Conjugais, ao lado de Maria Fernanda Cândido. No palco, os dois vivem um casal em crise, depois de 15 anos de união. Solteiro na vida real, o ator conta que está "sozinho e feliz". "Estou muito bem assim, tenho sido uma ótima companhia para mim mesmo. Em São Paulo, sempre tive muita gente por perto. De repente me vi sozinho. Parei e vi que amadureci."

A única companhia certa do ator nos próximos meses será a da vira-lata Sol. "Vou trazê-la de São Paulo. Ela apareceu no sítio um dia, toda machucada, e foi paixão à primeira vista. Morro de saudade."

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Fonte: Contigo
http://contigo.abril.com.br/edicoes/1666/aberto/reportagem/mt_247727.shtml