A emoção de uma fã que assistiu "Pequenos Crimes Conjugais"

Ir ao teatro é sempre um prazer, um privilégio. E isso é elevado a máxima potência quando se vai admirar alguém que se gosta tanto. Naquela noite fria de sexta-feira, dia 25, quando entrei no Teatro Maison de France para assistir “Pequenos Crimes Conjugais”, a ansiedade era grande: finalmente veria em cena PETRÔNIO GONTIJO. Esperava ver ali meu ator adorado, e os aplausos já estavam prontos. A peça começava às 21h – hora já consagrada para ele, afinal, é neste horário que entram em cena Tom e Verônica, em “Luz do Sol”. Naquele dia, no entanto, eu estaria diante de outra realidade do mesmo intérprete.

Primeiro, segundo, terceiro sinal... A luz se apagou. Luzes começam a surgir no palco... Maria Fernanda Cândido entra em cena. E eis que surge ali, de calça, sapatos e casaco preto, ELE. Não sei se é possível pra vocês entender a emoção. O espetáculo é simplesmente fantástico. E, chega a ser engraçado: Petrônio mais uma vez me desarmou. Seu talento em cena é algo absurdo!! Por mais de uma vez me peguei chorando, graças à intensidade de sua interpretação. Petrônio se entrega totalmente em cena, sem restrições. É um ator inteiro. Poderia descrever as cenas... Guardo com clareza algumas das falas de Gilberto e Liza, mas, mais do que tudo, as expressões do ator. Fiquei ali, hipnotizada... as mãos guardando com quase agonia os aplausos.
Como diria Los Hermanos, “todo carnaval tem seu fim”, e, claro, a peça também teve o seu. Acho que eu fui a primeira a me levantar no meio da platéia, e estourei através das mãos, dos sorrisos, e das lágrimas.
A atriz Talita Castro, que contracenou com Petrônio em “Essas Mulheres”, escreveu para mim: “e o Petrônio... a luz que sai do moço perfeito (uma das únicas pessoas que me atrevo dar esse adjetivo) só não cega a gente porque ele divide, compartilha, contagia...” Diante dessas palavras, não tenho mais o que escrever.
Descrever meu reencontro com Petrônio? Não consigo. Faltam-me palavras diante da emoção que sinto sempre diante do “moço perfeito”. Eu só agradeço. Pelo talento imenso, e pela generosidade do abraço em mim.

Aplausos!!